sábado, 7 de julho de 2012


Parece até que foi pensado, mas há quase um ano atrás, eu me despedia do blog com um “até a volta”, porque viajei de férias para o Brasil. A pausa que deveria ter sido breve acabou muito mais longa do que imaginava. Ficou até simpático deixar o blog congelado com um post de despedida de férias, mas a verdade é que essa não foi a intenção e muitos pensaram que eu voltei de vez para o Brasil, mas não...

Nesse período, muitas e muitas coisas aconteceram, a gravidez complicou um pouquinho, tive diabetes e insuficiência na placenta, me mudei de Tübingen para Nehren, uma aldeiazinha nos arredores da cidade, minha filha nasceu linda e maravilhosa, mas pequenina e requerendo maiores cuidados, enfim... muito trabalho, uma luta só, até que eu finalmente pudesse respirar fundo e decidir retirar o meu amado blog do “coma induzido”, como gosto de falar.

Ainda não tenho vida mansa não! Continuo vivendo os prazeres e desprazeres de ser uma mãe brasileira e de primeira viagem na Alemanha, sem empregada, babá, passadeira e faxineira (agora eu mesma fiquei cansada só de pensar que acumulo todas essas funções!). Só que agora tenho uma novidade sensacional!

Nos mudamos para Berlin!

Isso mesmo! Meu marido mudou de emprego e estamos nós de novo com o pé na estrada, dessa vez levando a pequena à tira colo. Gente, fazer mudança com um bebê não é brincadeira não, só mesmo com muito jogo de cintura e bom humor... Mas o que importa é que estamos aqui, em Berlin, amando e nos adaptando à vida nessa cidade fantástica e GRANDE, que nos oferece tudo o que precisamos e um pouco mais!

Confesso que apesar de ser uma garota de cidade grande, já estava acostumada com a vida super pacata que levava em Tübingen, que é 5 vezes menor que Niterói, para vocês terem uma idéia. Estamos aqui há três dias e já matei as saudades do engarrafamento de sexta-feira, já vi gente drogada no metrô, malucos prá todos os lados e viciados no parque perto da minha casa. Coisas de cidade grande, que acho que ninguém se acostuma, certo? Tirando as mazelas de se viver numa big city, o resto tem sido só curtição.

Estamos em Charlottenburg provisoriamente, apertadinhos num apartamento pequenino, até encontrarmos o nosso futuro apê. Os amigos que conhecem Berlin, moram aqui ou são daqui, já tinham nos falado que esse bairro é muito legal e pelo pouco que já vi, concordo plenamente. Na minha modesta opinião, estamos no Leblon de Berlin. EEEBBBBBAAAAAAAAAAAAAAAA! Ruas arborizadas, becos charmosos, lojinhas de bairro, cafés com livraria, lounges no meio da calçada, champanherias, bistrôs e restaurantes chics e transados. Fora os shoppings e as lojas de grife da Savigny Platz e K’damm (Kurfürstendamm, como eles aqui falam). Isso só aqui em Charlottenburg, tá?

 Aliás, Berlin tem 60 Shoppings Centers. O 61° será inaugurado no final do ano. Eu não sabia, mas aqui também tem as Galerias Lafayette e todas as lojas de grife que vocês podem imaginar. Nada para o meu bico, mas olhar vitrine não mata! ADORO!

Além disso, Charlotte, como a chamo carinhosamente, assim como todo o resto de Berlin é MUITO cosmopolita, como todos já sabem. Estou impressionada! Uma coisa é ouvir, a outra é ver! Do lado do nosso prédio, tem um restaurante típico de Gahna, os donos e empregados nem alemão falam, só inglês. Na outra esquina, comida típica russa, várias cantinas italianas e uma Steak House argentina. Restaurantes com comida tailandesa, chinesa e vietnamita, já vi vários. Também achamos, bem perto, comida naturalista e macrobiótica, este, aliás, se chama “Natural – mente.”

Dobrando a esquina, tem os salões de beleza do bairro, manicure (que aqui, na maioria, são só prá colocar unhas de porcelana, tirar uma cutícula que é bom... nada!...), os massagistas, antiquários e até um cinema erótico! KAKKAKAKAK!      

Ainda assim, apesar dessa Babel de sabores, culturas, línguas e gostos ainda se pode encontrar o alfaiate do bairro, lojinhas de ferragens, açougues, barraquinhas de curry wurst, etc... vida de bairro, que aqui eles chamam “Kiez”, numa grande metrópole. Estamos fascinados por Berlin!

Charlottenburg ainda tem um parque lindo - Schloss Charlottenburg, onde se situa o museu e castelo da rainha Sophie Charlotte, que deu nome ao bairro. É perfeito para correr e passear com o carrinho. Muitas pessoas tomam sol no gramado no verão. Na falta de Itaquatiara, Camboinhas e afins vou fazer o mesmo, com certeza!

O Estádio Olímpico também fica aqui e é o estádio do clube de futebol de Berlin, o Hertha Berlin BSC, que foi rebaixado para a segundona ano passado.

AHHHHHHHHHH gente! O Zoológico de Berlin, que é o maior do país e da Europa, também fica aqui! Assim que eu for dedicarei um post exclusivo sobre. Amo Jardins Zoológicos!

Enfim, ainda estou descobrindo tudo e aprendendo sobre a cidade. Mas o que já sei, com certeza, é que se alguém por aí planeja vir para a Europa, Berlin TEM que ser um destino incluído. É linda, cosmopolita e BARATA. Perto de outras capitais da Europa, Berlin é considerada a mais barata. Também é barata em comparação ao o sul da Alemanha, onde morávamos, especialmente em relação à comida e aluguel. Aqui pagamos 3.50 por uma cerveja grande. No Biergarten que freqüentávamos em Nehren esse era o preço da pequena (vejam bem qual foi o parâmetro escolhido!)

Visão frontal do castelo de Charlottenburg. Do lado de casa! Muito legal!

Charlottenburg Schloss

Champanheira - lounge da Veuve Cliquot em Charlottenburg...




Torre da TV lá no fundo...

Catedral





Camelô vendendo caps típicos da segunda guerra. Poderia comprar  todos. Achei muito retrô!

Taxi deascolado de Berlin! O motorista também é guia turístico!

Cafés básicos na beira do rio, ai ai !

Lojinha no centro de Berlin. Tudo em madeira para as crianças. Tmbém temos muitas parecidas no Brasil!

Foi assim que vi o Bradenburger Tor, pelo carro! (Sienna estava morta!)
Assim que for visitando os pontos turísticos e lugares interessantes, vou postando aqui, aos poucos. Tudo com muita calma, porque temos um bebê de 6 meses e ela é a prioridade para tudo. Será um grande desafio explorar essa cidade linda pelos olhos de um bebê. No mínimo interessante!

Seguem algumas fotos dos passeios dos últimos dias!

Beijos em todos, estou muito feliz de ter voltado!

Até breve!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Volto já!

Já dividi na minha cabeça que a minha casa fica na Alemanha, país que eu aprendi AMAR e que me recebeu de braços abertos desde sempre. Passei maravilhosos 8 meses até agora e é prá cá que vou voltar depois de 20 dias de férias no Brasil e não ao contrário, como nos últimos anos.  Quando abro a porta do meu apartamento, me sinto verdadeiramente em casa. Minha filha vai nascer aqui. A Alemanha é o meu lar.
NO ENTANTO..... apesar do caos no trânsito, das obras atrasadas para a Copa, do desrespeito nos transportes públicos, especialmente nas Barcas e trens, da especulação imobiliária, dos assaltos cada vez mais constantes na Zona Sul do Rio e Niterói, da falta de estrutura, do abandono total de Niterói, da falta de educação enraizada, da dengue, do esgoto a céu aberto, da corrrpução no governo, da dança dos ministros e de tantas outras mazelas, estou indo de corpo aberto e com uma felicidade ímpar para a MINHA TERRA, MEU PAÍS.

Vou sentir o cheiro do mar, da maresia, colocar o pé na areia (sabe lá o que é para uma pessoa praiana comop eu ficar 8 meses sem dar um mergulho no mar?), beber água de côco, comer as comidinhas da minha mãe e avó, ver meus sobrinhos, irmãos, família, mostar minha barriga de 5 meses de gravidez para todo mundo, rever meus amigos queridos, comer pipoca na corrocinha da esquina (mal posso esperar), falar minha própria língua e ser totalmente compreendida, sentir o astral do povo carioca, pegar sol de verão no inverno, ver o sorriso aberto no rosto de todo mundo, abraçar e beijar as pessoas, recarregar as baterias...

Tô fazendo a melhor viagem de férias da minha vida...  para o BRASIL!

VIVA O BRASIL, VIVA O RIO DE JANEIRO, VIVA NITERÓI!



  FUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Biscoito LEIBNIZ!

Eu recomendo para todo e qualquer ser humano que vier prá cá. É o biscoito de maizena alemão! Existe desde 1891 e é delicioso! Prá comer com um cházinho ou café da tarde é tudo de bom!


  O melhor foi descobrir que agora eles estão fazendo uma edição com menos açúcar! Cada 6 biscoitos somam, apenas, 138 calorias! Maravilha!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Testando a piscina pública de Tübingen


O verão chegou no calendário e o calor vem aumentando de verdade. Essa semana cheguei a ver um termômetro marcando 45 graus no sol e me senti no Centro do Rio de Janeiro!

Eu já estava querendo ir nessa piscina há séculos, porque a minhas amigas brasileiras falaram que era o máximo, mas eu tava super enjoada no início da gravidez e estava achando, no fundo, que poderia ser a maior roubada, tipo programa patrocinado pela FUNAI. Só que na segunda-feira, o calor tava tanto que eu decidi levar meu biquini para o curso e ir direto de lá para a piscina.

O ônibus n° 18 tem um ponto em frente da piscina – FREIBAD. Quando saltei percebi que uma galera tinha descido também e já fiquei com má vontade, achando que ia ser muita farofa. Queimei a minha língua!

Quando cheguei no guichê e consegui ver o que tinha dentro fiquei de boca aberta. Mesmo sem entrar ainda... Foi tanta emoção que eu comprei um cartão com 10 ingressos, cada um saiu a três euros, o que é mesmo uma piada para o que o parque oferece.

São três piscinas enormes! Uma em formato de ilha, para os bebês e crianças pequenas tem a água mais quentinha e vários brinquedinhos com água. Foi projetada de um jeito que as mães podem sentar e ficar com os bebês no rasinho, como se fosse uma piscininha. Em volta da piscina tem alguns ombrelones com bancos e mesas de suporte para os carrinhos e coisas dos bebês.

As duas outras piscinas ficam separadas por um vasto gramado, aliás, a área toda do parque é gramada e é onde o povo fica jogado pegando sol.  Você pode levar sua cadeira e barraca, como na praia. Se não tiver barraca, não tem problema, porque há árvores por todos os lados fazendo sombra.

A piscina que eles chamam de "piscina para os não nadadores" é destinada ao divertimento. Super grande, sem bordas, o que significa que de todos os lados parece que você está entrando no mar, (olha só eu sonhando...) como se fosse a arrebentação de uma praia. Vários trampolins de alturas diferentes, jatos de água como chafarizes para todos os lados e tobogãs de vários tipos. Fiquei super tentada em descer num dos tobogãs, porque estava me sentindo no Wet n’ Wild, mas estou grávida e o meu top era tomara que caia. Apesar de top less aqui não ser tabu, não tava a fim de “pagar peitinho” nessa situação (mesmo não conhecendo ninguém...)

A última piscina é olímpica para quem vai lá nadar. Toda dividida em raias. Tava cheia de velhinhos fofos nadando!

Gente é uma coisa de louco! Fica todo mundo largado na grama, como se estivessem na praia mesmo. Em todo o terreno gramado têm cabines para as pessoas trocarem de roupa, mas quem disse que elas são usadas? As pessoas trocam de roupa no meio da grama, como se estivessem em casa. É surreal. Tinha uma família do meu lado que saiu da piscina junto e se trocou na minha frente como se eu fosse um espelho... o pai ficou peladão na minha frente, colocou a cueca o short e depois ajudou o menininho. A mãe ficou perambulando alguns bons minutos de calcinha e sutiã até resolver colocar o vestido...

Corta para comentar que a relação dos alemães com o corpo é realmente bem diferente da nossa e, na minha opinião, mais interessante. Nós podemos usar na praia (eu não uso, mas em geral) biquínis super pequenos, às vezes só com um fio no fiofó e dois triângulos micros nos peitos, mas ficar pelado rapidinho não pode, né?  Lembram da situação dos turistas alemães que foram presos no aeroporto porque resolveram trocar as roupas de frio que usavam pelas de verão no meio do corredor? Prá eles isso é super normal.

Confesso que ainda não me sinto bem me despindo em público, motivo pelo qual até hoje não fui à sauna aqui, onde todos ficam pelados, homens e mulheres, sem o menor problema, mais por uma questão de não ter o costume e me sentir mal com a nudez alheia, do que por qualquer outra coisa (tipo pudor).  Pode ser que isso mude com o tempo, mas ainda tá difícil.

Enquanto isso acho que eu fui a única a me trocar no banheiro, que, aliás, não se parece em nada com os nossos vestiários de clube, justamente porque as pessoas só usam o toalete e as duchas. Não tem muito espaço.

O complexo também dispõe de saunas de vários tipos.

Eu me senti muito bem nesse lugar, achei mesmo que estivesse numa praia grande, sei lá. A água é cristalina e com pouco cloro. Todo mundo usa o banheiro. Não achei que seria diferente aqui.

E quanto à muvuca, o lugar é tão, tão grande que o povo se espalha e você nem sente que está muito cheio, como estava. Tinha lugar de sobra na grama. Quando saí levei um susto com o estacionamento, de tão lotado. Mas as vagas são suficientes e não tem flanelinha!

Gostei tanto que voltei no dia seguinte! Aqui tem que aproveitar o sol. Na quarta-feira da mesma semana, o tempo virou e eu fui prá escola de casaco.

Quase todas as cidades têm piscinas públicas assim e dizem que a de Reutlingen é tão legal quanto. Se o tempo ajudar eu quero conhecer todas!

Seguem as fotos do local, que eu recomendo!

Beijos – Lilian 

















segunda-feira, 20 de junho de 2011

As cegonhas me atenderam...

Todos se lembram que na última semana santa visitei a Alsácia, na França e fui numa fazenda de cegonhas fazer minha encomenda especial. Acho que pelo tamanho da minha fé no pedido, ele foi passado na frente dos outros.... Ali eu já estava grávida e não sabia.



Prá quem acompanha de perto minha estória, sabe que pouco antes de sair do Brasil e na paranóia de começar uma vida em outro país sem nenhuma pendência de saúde, fui a todos os meus médicos fazer um check up e, justamente nos exames ginecológicos e de sangue foi apontada uma deficiência de hormônio feminino bem acentuada. Nada que umas pílulas não resolvessem, segundo a médica, mas eu já sabia que não ia ser fácil engravidar. Fiquei com isso na cabeça e chegando aqui na Alemanha procurei uma médica especializada em reprodução, já no início de março. Ela disse que podia não ser nada, mas que gostaria de checar tudo de novo com os laboratórios de confiança dela. Eu achei perfeito, mas estava, portanto, no caminho de começar o meu possível tratamento. Mas, Deus foi muito bom comigo e com o Mirko e nos mandou esse presentão, antes mesmo de eu começar os exames de novo (que são um porre, diga-se de passagem). O Mirko também ia fazer as checagens dele. Nada disso foi preciso.

Quando tivemos a certeza, a felicidade foi indescritível! Não vou nem tentar explicar, porque não dá. Quem já passou pela experiência de engravidar quando se quer muito um filho sabe do que eu estou falando.

No nosso caso, depois de passado o frenesi absurdo da notícia, nos quinze minutos seguintes a ficha começou a cair prá mim (foi bem rápido, como boa virginiana e racional até o último fio dos cabelos).

Peguei o calendário, fiz as contas e... PUTZ... pensei:  “Vai nascer no auge do inverno! Se tudo correr bem, entre o Natal e o Ano Novo (periodozinho miserável... : ). Quem vai querer vir prá cá me ajudar? Ninguém.... Vou estar aqui sem ninguém, no meio da neve, com um recém nascido. Como vai ser ter um filho recém nascido com temperatura muito negativa do lado de fora?” E o parto normal sem anestesia, famoso na Alemanha??? Comecei a dar uma pequena surtada, enquanto Mirko só pensava em abrir o champagne e ligar para o Brasil.

Depois de falar com a família e transbordar de alegria, foi muito difícil me acalmar para dormir. Aqui já eram mais de duas da manhã. Dormi super mal, fiquei pensando mil coisas, do tipo: “Caramba, será que eu vou ter que preparar minha cabeça para ter um filho, de parto normal, sem anestesia, como é comum aqui na Alemanha (ter o baby no Brasil nunca foi opção até o momento, mas parto normal sempre foi a opção, só que com peridural, né?)  Como vai ser isso? Sim, porque, uma coisa é você não usar anestesia por opção própria e outra é não usar por obrigação. A idéia não me agradava. Não gosto de sentir que não estou fazendo o que quero por imposição de alguém, especialmente quando isso envolve a minha saúde. Várias outras dúvidas foram aparecendo e eu decidi que ia ler tudo o que encontrasse pela frente para chegar na primeira consulta com a médica só com as dúvidas inevitáveis, para as quais eu não encontrasse resposta.

Mirko só conseguiu marcar a consulta na mesma clínica que estava me consultando, para uma semana depois. A ansiedade foi enorme, mas foi até bom (Polyana), porque enquanto isso eu fui lendo e tentando me informar. Li alguns blogs de brasileiras que tiveram os filhos aqui na Alemanha e que diziam que nem adiantava tentar convencer a médica(o) pela anestesia peridural ou cesariana, porque na Alemanha isso não colava. Achei tudo isso muito surreal, mas não podia duvidar da opinião de quem passou por isso, literalmente na pele. Cheguei na primeira consulta super apreensiva. Fizeram um novo exame e a gravidez foi confirmada – 6 semanas! (nem precisava, porque eu já sabia. Meu corpo já estava todo diferente). Também confirmaram que só tinha um baby. Estávamos sempre contando com a possibilidade de gêmeos, pelo histórico na família do Mirko.

Pela urgência do pedido da consulta me colocaram com uma médica nova, que não era a que tinha me atendido antes. Já não gostei. A gente sente, né? Enfim, ela tava mais interessada em me liberar logo do que em responder as minhas dúvidas de mãe brasileira e, importante frisar, virginiana, pois levei um caderno com as perguntas em ordem, pela importância. Alguém pode comigo?

Eu saí de lá chateada e com a certeza absoluta de que ela não seria a minha médica. Marcamos a segunda consulta com a médica anterior, a do possível tratamento. Deixamos isso claro na recepção. Fiquei esperando para ver se me sentia melhor com a outra médica.

Enquanto esperava, o meu curso recomeçou – UFA!  Eu estava tirando a maior onda de que não estava nem um pouco enjoada, me sentindo ótima, até que, do nada, acordei um dia com um gosto horrível de cabo de guarda-chuva na boca e com vontade de morar numa redoma de vidro, para não ter que sentir cheiro algum. HORRÍVEL. Estava enjoando. Afinal de contas, com o histórico familiar que tenho (minha irmã cheirava os pratos dos self-services onde almoçava quando estava grávida, porque sentia todos os cheiros possíveis e passava mal e a minha mãe viveu à base de remédios para enjôo nas três vezes em que ficou grávida) era pedir muito não ficar do mesmo jeito.

A segunda consulta chegou, já com a Dra. Jutta e foi maravilhosa!!!!!!!! Ele é uma senhora experiente, me deixou totalmente confortável, brincou muito comigo, tirou todas as minhas dúvidas com toda a paciência do mundo e ainda perguntou se era só aquilo. Uma fofa. Me disse que eu vou ter o baby do jeito que eu quiser! Alívio total e imediato! Só por causa disso, agora posso até pensar em ter sem anestesia! Só pelo fato de agora ser uma OPÇÃO!  : )

As últimas três semanas foram de enjôo direto e uma vontade de chorar por tudo. Teve um domingo que liguei prá minha mãe e simplesmente não conseguia parar de chorar. Coitada, gente! Me senti péssima depois, mas não estava conseguindo evitar o choro. Um sa-co! E o sono incontrolável?? Eu sei que é passageiro, mas para uma pessoa super ativa como eu, me sentir assim tava bem difícil.

Nesse meio tempo, o Mirko foi novamente ao Brasil a trabalho por 15 dias. Fiquei aqui, enjoada e sozinha, mas sempre tem um lado bom em tudo, não é mesmo? Nesse período o tempo ficou fantástico, de verão. Aproveitei prá caramba, peguei muito sol (com protetor) e passei bastante. Recebi a visita maravilhosa de amigos do Brasil em lua de mel e aproveitamos bastante juntos. Enfim, deu tudo certo!

Agora, já no finalzinho do primeiro trimestre, parece que ficou tudo mais fácil e melhor. Os enjôos ainda não me abandonaram, mas já diminuíram sensivelmente. Já dá prá ver a barriga, de leve e não engordei nada, porque afinal das contas já engravidei acima do peso e preciso manter o olho na balança...

O amor que sinto por esse bebezinho é algo que não se mede nessa vida. Eu já acordo de manhã com um sorriso no rosto.

Espero que a gravidez transcorra tranquila daqui prá frente e que dê tudo certo lá no final. Só o que eu peço agora é que o nosso bebê tenha saúde. Não faço questão de menino ou menina. O que vier é muito, muito bem vindo. Só quero saúde, MUITA!

Vou terminar com um versinho que achei singelo e verdadeiro:

“A BABY MAKES
LOVE STRONGER
THE DAYS SHORTER
THE NIGHTS LONGER
SAVINGS SMALLER
AND A HOME HAPPIER…”




PS: AHHHHHHHHHHHH! É claro que a minha mãe super corajosa (odeia andar de avião e odeia o inverno) vai vir aqui me ajudar! Ela e minha prima Luli (que também odeia andar de avião, mas não odeia tanto assim o inverno). Elas são super e isso vai ser demais!  


Beijos para todos, agora duplos,

Lilian e Chucrutinho(a)!

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