quinta-feira, 28 de abril de 2011

Lua de mel atrasada na Alsácia – França!

Post 29 – Lua de mel atrasada na Alsácia – França!


Prá quem não sabe, eu casei ano passado e não tive lua de mel. Minha “lua de mel” foi coletiva no sítio do meu padrinho e amigo Rodrigo Kossatz cercada de amigos, dentre eles todos os gringos que se despencaram para o meu casamento. Foi ótimo, nos divertimos a valer, mas não foi uma lua de mel no sentido técnico da coisa.

Depois de toda a confusão da viagem prá cá e de toda burocracia brasileira que ela envolveu e, após a chegada, de ter que organizar tudo aqui e, ainda, de passar um problema de saúde familiar de emergência (que já foi totalmente superado – Graças a Deus!) já tava na hora de termos o nosso momento “lua de mel atrasada”, né não? 

Como somos filhos de Deus, decidimos que antes tarde do nunca! A idéia era ir prá Itália, mas como Mirko ia chegar do Brasil um dia antes do início da Semana Santa e não tava a fim de encarar mais de 10 horas de engarrafamento (a Semana Santa é feriadão aqui também em vários países ao mesmo tempo e as estradas se cortam, imagina só? Volta de Búzios é fichinha perto disso aqui...), pensei num lugarejo mais perto e decidimos pela região da Alsácia, na França, fronteira aqui com a Alemanha. (Strassburgo, Colmar, Saint Dié, Nancy....). A região é famosa pelos seus vinhedos e queijos. Maravilhosos!

Corta prá dizer que essa é mais uma coisa legal de morar na Europa, você poder mudar de país de carro, como quem muda de bairro no Rio ou em Niterói! Sabe aquela coisa da Roberto Silveira ser metade Icaraí e metade Jardim Icaraí? E da Rainha Elisabeth, no Rio, começar em Copacabana e terminar em Ipanema? Exatamente, tava na Alemanha e num piscar de olhos as placas começaram a aparecer em francês. Cruzamos a fronteira há apenas três horas de distância da nossa casa!

O passeio até lá foi bem legal, porque cruzamos a Floresta Negra, que é belíssima e fomos agraciados com um tempo perfeito e temperatura de 26/28 graus! Um espetáculo de sorte!

Decidimos não ficar no centro das cidades grandes, porque queríamos mesmo algo mais pitoresco e achamos uma pousada no meio do nada – Maison Max - numa casa de 300 anos e que tinha o estilo das nossas pousadinhas do Roteiro do Charme no Brasil. A pousada era simples, mas a cozinha era estrelada e, como estávamos na França comer e beber bem é quase uma obrigação!

O dono da Pousada não se chama Max, e sim Tom, ele é alemão, engenheiro de formação, mas um Deus na cozinha. O nome do filho é Max e quando ele explicava aos franceses que o filho se chamava Max, em alemão – mein Sohn Max -  os franceses entendiam “Maison Max” e como ele achou engraçado e providencial colocou o nome da Pousada assim. Muito boa a história.


Fizemos um passeio legal a uma ruína Celta no pico mais alto do lugar, visitamos várias vilas lindas e comemos a valer. Socorro!!! Não vou nem comentar essa parte...

Fazendo uma visita de trenzinho pela cidade de Colmar (onde a locutora falava português de Portugal e não entendi metade do que ela falava...) descobri que foi a cidade onde o escultor Bartholdi viveu. Esse foi o mestre escultor que fez a Estátua da Liberdade, presente da França aos EUA e que tá lá até hoje... kakakakakaka Tem cada trabalho lindo dele espalhado pela cidade. Super interessante. Voltaire também morou um ano em Colmar. Também foi a cidade do General Rapp, que dá nome a praça principal da cidade, de um hotel e do estacionamento público. Claro que registramos tudo. Não é todo dia que o seu nome aparece assim toda hora!

Mas o mais interessante de tudo foi quando descobri que o símbolo da região da Alsácia é a cegonha. Elas são enormes, SUPER ELEGANTES e voam pertinho da gente. Descobrimos que havia uma fazenda para a recuperação da espécie, pois estavam em extinção por aqui em meados dos anos 80 (em 1983, só haviam 2 ninhos detectados!!) e decidimos conhecer. Claro, que eu também queria fazer a minha encomenda in loco!!! Muito legal esse bicho gente! Nunca tinha visto uma cegonha ao vivo, só em desenho animado...

Encomenda feita!

Seguem as fotos da viagem! Fica a dica prá quem quiser conhecer lugares lindos e mais baratos por aqui!


O caminho!



A Pousada!







Sonho de cozinha na Pousada!


O riozinho que cortava a Pousada...


Prost!!!

Ruína Celta em Col. du Donon...




 A cozinha da Pousadinha era um escândalo de fofa. Parecia de boneca. Mas a comida era de gente grande!




Ninho de cegonha em cima de uma casa!

 

Pausa para os doces fnraceses. Comi a bomba abaixo em homenagem à minha avó! Mãe, mostra prá ela!



 Fazenda das cegonhas... Olha elas aí!

 Praça Rapp em Colmar.


Beijos a todos!

terça-feira, 19 de abril de 2011

A natureza explodiu!

No inverno eu estava totalmente desacreditada de que isso poderia acontecer, mas aconteceu mesmo! De um dia pro outro das árvores secas brotaram flores lindas e a paisagem da cidade mudou completamente. Os canteiros estão todos floridos com tulipas de todas as cores. As magnólias, cerejeiras e outras estão em flor por toda a parte e nos campos com grama, nascem os chamados “Bettsheiβer” (“cagam na cama” kakakaka) no dialeto da região, mas para nós no Brasil são dentes de leão pequeninos.

O perfume no ar também é inacreditável e a trilha sonora do momento é o barulho das abelhas, besouros (aqui são peludinhos de três cores) voando. Já perdi a conta de quantas joaninhas resgato por dia dentro da minha casa.
Enfim, são poucas fotos, mas espero que consigam mostrar a beleza que está isso aqui!

Beijos a todos!








Os dentes de leão crescem ate entre os paralelepípedos...





quinta-feira, 7 de abril de 2011

Regras de urbanidade para se viver na Alemanha – Lição 1 – Atravessando a rua.






Quando cheguei aqui na Alemanha tive um certo problema com o quesito atravessar a rua. Pode parecer meio ridículo, porque no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, não tem regra, é um carnaval e cada um faz o que quer. Aqui não, pedestre é visto tal como condutor de carro, moto e bicicleta e, da mesma forma, tem regras específicas para seguir.

Pode ser que aqui em Tübingen, por ser cidade pequena e totalmente verde-hippie, como já tive a oportunidade de falar, as pessoas levem isso mais a sério. Fato é que eu tive que me aprumar e agora, passados quatro meses, já estou doutrinada e procuro não cometer os equívocos espertalhões de sempre, que já me fizeram ser repreendida verbalmente e encarada por muitas pessoas (especialmente velhinhas), como se eu fosse uma criminosa em último grau. Não precisamos disso, certo? Somos estrangeiros e temos que cumprir as regras deles. Não importa se no seu país ninguém cumpre ou nem regra existe. Aqui o lance é beeeeeem diferente. A regra existe e ela foi feita para ser cumprida e não para decorar o papel.

 Então, são três regrinhas básicas para não passar vexame na rua, ser repreendida e ficar com cara de sem graça:

1)      Nunca, em tempo algum, atravesse a rua com o sinal vermelho para você, pedestre. Aqui na Alemanha é mais fácil cumprir essa regra porque há um sinal indicador para pedestres e ciclistas e outro para os carros. Quando o sinal para os carros fica vermelho, o sinal dos pedestres fica verde. Somente depois disso você pode atravessar. Algumas vezes me guiei pelo sinal dos carros e atravessei quando o sinal ainda  estava vermelho para os pedestres (às vezes demora uns 3 segundos para mudar) e me olharam de cara feia...

2)      O sinal estar verde não significa que você pode sair desembestado por entre os carros para chegar do outro lado da rua.... A-HÁÁÁÁÁÁ! A faixa de pedestres existe sim! Ela não é uma projeção astral no meio da rua e é nela que você tem que atravessar! SEMPRE!

3)       Essa é a mais difícil para os apressadinhos e ansiosos como eu... Mesmo que a rua esteja completamente sem carros  e, ainda, não exista um mínimo sinal de carro se aproximando, se o sinal estiver vermelho para os pedestres não atravesse. Isso é demais da conta, né? Mas aqui ninguém atravessa. A regra é clara como diria o Arnaldo Cesar Coelho!!!! Se o sinal estiver vermelho para os pedestres, COM OU SEM CARRO NA RUA, NÃO É PRÁ ATRAVESSAR!

Quem me conhece direito sabe que cumprir isso tudo aí foi um suplício. Mas está dando super certo agora.

Por exemplo, atravessar na faixa é tudo de bom no papel, mas atrasada e correndo, como eu estava quase sempre no início, era um sa-co! (não vou fingir que sou mega civilizada em relação a isso, porque todos nós brasileiros sabemos que no Brasil ninguém cumpre regra alguma, especialmente em se tratando de atravessar a rua. É doído dizer isso, mas é verdade.)

Verdade é que com a minha mentalidade ítalo-brasileira pensei, que quando você já está correndo pela lateral da rua e vê que o sinal está vermelho para os pedestres, não faria mal algum cortar pelo meio da rua, ao invés de ir até a faixa de pedestres... Nã nã não!

O negócio é que a mentalidade aqui é a seguinte: se você está atrasada, o problema é todo seu. Você que saísse de casa mais cedo. O que não pode é, por causa do seu atraso, colocar a vida dos outros em risco ou atrapalhar o trânsito. Faz total sentido! Mais uma vez, regra é regra. Ok, ok...  Obrigada Alemanha por me ensinar a ser mais civilizada. Relógio adiantado cinco minutos para nunca mais atrasar e correr pela rua feito louca.

Essa de não ter carro nenhum na rua e não poder atravessar também sempre me pareceu demais. Até o dia em que eu fiz isso e um cara me chamou a atenção apontando para o sinal, que estava vermelho para mim. Eu me senti tãããããooooo mal e envergonhada que não faço nunca mais. Reprimendas morais para mim sempre surtiram um efeito absurdo.

Agora quem vier me visitar vai até se surpreender com a minha conduta ilibada no trânsito. Marquinhos, meu brother, pode vir que você vai ver, eu juro que tô fazendo tudo direitinho e nem mais bato a porta de casa quando saio correndo atrasada, porque não me atraso mais!


Em breve, mais capítulos da série “Regras de urbanidade para se viver na Alemanha”!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Rolé em Tuebingen - Alimentando os patos no rio Neckar.

Tô dando muita sorte com as sextas-feiras! Hoje está fazendo 25 graus!!!! Pela primeira vez botei, literalmente, as minhas manguinhas de fora e fui pro parque de tarde.

Gente, estou aqui há quase quatro meses e essa foi a primeira vez que saí de casa com camiseta, sabe lá o que é isso para uma carioca?? Marca de biquíni?? Eu nem sei mais o que é isso... Acho que nunca estive tão branca em toda a minha história (a foto está abaixo para comprovar). A brancura está imperando...


O programa de hoje foi totalmente infantil, mas algo que eu estava querendo fazer há séculos. Alimentar os patos! Minha experiência alimentando patos sempre foi em lagos fechados, como no Country Club de Friburgo e no Campo de São Bento em Niterói, mas aqui os patos ficam livres nos rios e voam loucamente. Dão uns rasantes surreais prá cima de você quando vêem o pão na sua mão e aterrisam na água bem na sua frente. Eu e Mirko ficamos horas como duas crianças sentados na beira do rio Neckar jogando pão para os patos. Todo mundo estava fazendo isso e a cidade está cheia de turistas. A beira do rio estava lotada! Programa muito nonsense, mas perfeito para aproveitar o sol aqui.

Depois fizemos a famosa dobradinha: caminhada pela cidade com sorvetinho. As sorveterias estão lotadas e aqui quase todas são italianas. Preciso dizer que o sorvete é bárbaro?










Esse barrquinho acima é para alugar, tipo como as gôndolas em Veneza.



Essa livraria é muito curiosa, só pode entrar mulheres. É proibida para homens. Descobri isso hoje... Só aqui mesmo!


A árvore cresceu pela fachada do prédio!



Praça central!


               Ruas da parte histórica da cidade...





Prá refresar no meio da caminhada!




Olha que legal as construções!



Agora que a temperaturea está mais amena, dá mais gosto andar pela cidade. Eu adoro a aquitatura da parte histórica de Tuebingen. As casinhas alemães de 4 séculos atrás continuam lá intocadas. O Mirko fez um tour com um guia pela cidade essa semana, com uns clientes de outras partes de Alemanha e o cara explicou que se todos os poetas, escritores, artitas e famosos que moraram em Tuebingen antigamente pudessem voltar agora, eles saberiam exatamente onde estariam, porque a cidade não mudou NA-DA. Apenas se modernizou, mas conservou o seu patriomônio. Muito legal, né?    Muita gente chama Tuebingen de Veneza da Alemanha... olha a foto aí do lado...

Finalmente, terminamos a tarde com cerveja. Aqui não tem como ser diferente!

Um ótimo final de semana para vocês e PRRROOOOSSSSSSSTTTTT!

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