quinta-feira, 30 de junho de 2011

Testando a piscina pública de Tübingen


O verão chegou no calendário e o calor vem aumentando de verdade. Essa semana cheguei a ver um termômetro marcando 45 graus no sol e me senti no Centro do Rio de Janeiro!

Eu já estava querendo ir nessa piscina há séculos, porque a minhas amigas brasileiras falaram que era o máximo, mas eu tava super enjoada no início da gravidez e estava achando, no fundo, que poderia ser a maior roubada, tipo programa patrocinado pela FUNAI. Só que na segunda-feira, o calor tava tanto que eu decidi levar meu biquini para o curso e ir direto de lá para a piscina.

O ônibus n° 18 tem um ponto em frente da piscina – FREIBAD. Quando saltei percebi que uma galera tinha descido também e já fiquei com má vontade, achando que ia ser muita farofa. Queimei a minha língua!

Quando cheguei no guichê e consegui ver o que tinha dentro fiquei de boca aberta. Mesmo sem entrar ainda... Foi tanta emoção que eu comprei um cartão com 10 ingressos, cada um saiu a três euros, o que é mesmo uma piada para o que o parque oferece.

São três piscinas enormes! Uma em formato de ilha, para os bebês e crianças pequenas tem a água mais quentinha e vários brinquedinhos com água. Foi projetada de um jeito que as mães podem sentar e ficar com os bebês no rasinho, como se fosse uma piscininha. Em volta da piscina tem alguns ombrelones com bancos e mesas de suporte para os carrinhos e coisas dos bebês.

As duas outras piscinas ficam separadas por um vasto gramado, aliás, a área toda do parque é gramada e é onde o povo fica jogado pegando sol.  Você pode levar sua cadeira e barraca, como na praia. Se não tiver barraca, não tem problema, porque há árvores por todos os lados fazendo sombra.

A piscina que eles chamam de "piscina para os não nadadores" é destinada ao divertimento. Super grande, sem bordas, o que significa que de todos os lados parece que você está entrando no mar, (olha só eu sonhando...) como se fosse a arrebentação de uma praia. Vários trampolins de alturas diferentes, jatos de água como chafarizes para todos os lados e tobogãs de vários tipos. Fiquei super tentada em descer num dos tobogãs, porque estava me sentindo no Wet n’ Wild, mas estou grávida e o meu top era tomara que caia. Apesar de top less aqui não ser tabu, não tava a fim de “pagar peitinho” nessa situação (mesmo não conhecendo ninguém...)

A última piscina é olímpica para quem vai lá nadar. Toda dividida em raias. Tava cheia de velhinhos fofos nadando!

Gente é uma coisa de louco! Fica todo mundo largado na grama, como se estivessem na praia mesmo. Em todo o terreno gramado têm cabines para as pessoas trocarem de roupa, mas quem disse que elas são usadas? As pessoas trocam de roupa no meio da grama, como se estivessem em casa. É surreal. Tinha uma família do meu lado que saiu da piscina junto e se trocou na minha frente como se eu fosse um espelho... o pai ficou peladão na minha frente, colocou a cueca o short e depois ajudou o menininho. A mãe ficou perambulando alguns bons minutos de calcinha e sutiã até resolver colocar o vestido...

Corta para comentar que a relação dos alemães com o corpo é realmente bem diferente da nossa e, na minha opinião, mais interessante. Nós podemos usar na praia (eu não uso, mas em geral) biquínis super pequenos, às vezes só com um fio no fiofó e dois triângulos micros nos peitos, mas ficar pelado rapidinho não pode, né?  Lembram da situação dos turistas alemães que foram presos no aeroporto porque resolveram trocar as roupas de frio que usavam pelas de verão no meio do corredor? Prá eles isso é super normal.

Confesso que ainda não me sinto bem me despindo em público, motivo pelo qual até hoje não fui à sauna aqui, onde todos ficam pelados, homens e mulheres, sem o menor problema, mais por uma questão de não ter o costume e me sentir mal com a nudez alheia, do que por qualquer outra coisa (tipo pudor).  Pode ser que isso mude com o tempo, mas ainda tá difícil.

Enquanto isso acho que eu fui a única a me trocar no banheiro, que, aliás, não se parece em nada com os nossos vestiários de clube, justamente porque as pessoas só usam o toalete e as duchas. Não tem muito espaço.

O complexo também dispõe de saunas de vários tipos.

Eu me senti muito bem nesse lugar, achei mesmo que estivesse numa praia grande, sei lá. A água é cristalina e com pouco cloro. Todo mundo usa o banheiro. Não achei que seria diferente aqui.

E quanto à muvuca, o lugar é tão, tão grande que o povo se espalha e você nem sente que está muito cheio, como estava. Tinha lugar de sobra na grama. Quando saí levei um susto com o estacionamento, de tão lotado. Mas as vagas são suficientes e não tem flanelinha!

Gostei tanto que voltei no dia seguinte! Aqui tem que aproveitar o sol. Na quarta-feira da mesma semana, o tempo virou e eu fui prá escola de casaco.

Quase todas as cidades têm piscinas públicas assim e dizem que a de Reutlingen é tão legal quanto. Se o tempo ajudar eu quero conhecer todas!

Seguem as fotos do local, que eu recomendo!

Beijos – Lilian 

















3 comentários:

Josye disse...

Quando leio seus posts acho a Alemanhã um lugar tão, tão, tão diferente daqui que custo a acreditar que ela realmente exista. Eu teria muita dificuldade m ter que morar no Brasil de novo...
Adorei as fotos!
Bjos!

Norma disse...

concordo com a josye! a impressão que me dá é se estar no paraiso! gosto da forma como vc descreve tudo isso e fico pensando: por que será que minha filha mariana, morando em berlim, não conseguiu se adaptar? de repente, ela gosta dessa muvuca daqui (kkkkkkk...) bjs

AC disse...

Que lugar gostoso! Só quero saber uma coisa: você usou biquíni brasileiro??...rs

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